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Maré da vida


Se você nasceu,

Você já luta para viver.

A cada minuto, a cada segundo,

O desarranjo toma conta da sua vida e esse confronto dura até que você perca.

A própria vida te mata.

Nesse loop de altos e baixos, você já se acostumou com o que acontece.

O porque não dá certo:

Porque é sempre assim.

'É a vida'.

Carregando esse bordão como um fardo,

Incessantemente você cai e levanta

E depois de levar tanta porrada da vida

Você paira para perguntar

Qual meu papel em meio a essa desordem que acomete minha vida?

Eu participo dela?

O que posso fazer para freia-la?

São tantas perguntas retóricas sem respostas,

Tantas condições sem casualidade,

Parece não restar opção para seguir além de ceder.

Para piorar, a variável dos participantes da vida muitas vezes invés de ajudar,

acabam por atrapalhar.

É visível a existência de muitos para te derrubar e poucos para te erguer.

Chega então a hora em que seu corpo ainda resiste em lutar,

mas seu coração se rende.

É quando a maré da vida te pega,

Te leva

E sem forças para nadar contra a correnteza,

Você passa a boiar em ondas cada vez mais caóticas.

Ironicamente é quando finalmente você tem tempo para olhar para vida

E ver ela te levando,

Gradualmente...

Até chegar lá,

No ponto final.

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