Nossa História - Conto da Luz

'No início...
Era trevas.'
Mas ele fez a luz e escolheu seu portador: a estrela da manhã.
O primeiro a ser punido antes de nós.
Caído do céu junto aos seus seguidores,
o seu amigo nos deu o fruto do conhecimento, do ego e da exaltação. Condenando também a criação. Ficou então cravado que não se podia mais pronunciar o nome do portador da luz.
Após sermos condenados e fadados ao julgamento, vivemos observando a luta entre o dia e a noite. A batalha que nos instituiu a nossos grupos organizados.
Os elementos que nos ensinaram as regras da natureza. E nos dado o fogo roubado do olimpo, conquistamos nossa hegemonia. Mas mesmo assim, existiam forças maiores que não tínhamos poderes para lidar.
Os Ishins, assim chamados aqueles que detêm as forças da natureza e tendo a sua morada ao nosso céu, tiveram que entrar em uma batalha contra seus rebeldes, deixado a Cidadela do Fogo em pedaços e o mundo em dilúvio.
Indignado com tudo que estava acontecendo, a história conta que ele mandou seu filho, irmão do portador da luz, acusar-nos de uma falsa idolatria. O qual nos levou a crucificar a ideia r coloca-lo em um santuário uterino - uma caverna sagrada do renascimento. Para então renascer na luz do ar rumo aos céus.
Questionado e com medo da subversão, fomos caçados, torturados e atormentados. O conhecimento é revertido e perdido. Então, 'Cegos sem clareza do enredo' de um teatro em que somos marionetes 'vestidos de carne', ficamos no desconhecimento do sentido de tudo que se vê por aqui.
Perguntamos porque estamos pagando o preço de outros que desobedeceram as regras. Carregamos então o karma de viver sem saber por quanto tempo vamos esperar para entender.
Isso tudo é a nossa mente?
A luz, ela passa por nós?
Não sei, mas soa tão parecido com o fictício Pelor: deus do sol, da luz, da força e da cura. Como em um enredo de uma história de RPG em que somos personagens de uma história contada, presos a correntes da história do jogo, fazendo a dramaturgia sem saber quando acaba a atuação.
Os atores são tão convictos em seus templos, suas vertentes, suas ramificações, suas interpretações, seus cultos, seus ritos, que dedicam a vida para o paraíso, muitas vezes com interpretações amedrontadoras ou interpretações amorosas. Enquanto outros seguem o caminho em que preferem reinar no inferno do que servir no paraíso. Todos acreditando que sua devoção e adoração são a chave para felicidade.
São tantos grupos atuando para exercer o controle da humanidade, traficando a ideia da esperança, alimentando em doses suas convicções, viciados a não ver a verdade.
Que não existe ordem,
Que não existe poder.
Que a realidade é factual e não barra no subjetivo da sua verdade.